
BASQUETE
Com calor sendo o ‘MVP’, Spurs bate Miami e abre 1-0 na final da NBA
O Miami veio construindo o jogo 1 da final da NBA no Texas com um enredo bem conhecido: jogar em ritmo moderado no começo, não deixar o adversário abrir muita diferença e preparar o bote no final do terceiro período, começo do último quarto. E estava fazendo isso muitíssimo bem.
Vencia por 78-74 ao final de três períodos, tinha as ações até certo ponto controladas e colocava algumas pulgas atrás da orelha do San Antonio Spurs. Mas aí surgiu o imponderável. O ar condicionado do AT&T Center pifou, e no final do terceiro período LeBron James pediu para sair de quadra pois estava sem ar. No começo do quarto período, Dwyane Wade também saiu como se tivesse corrido uma maratona de 72KM.
E aí as coisas começaram a mudar a favor dos texanos. Danny Green, até então tendo errado seus cinco arremessos de quadra, anotou 11 pontos praticamente seguidos. Tony Parker, sumido, apareceu. Tim Duncan, brilhante a partida inteira, despejou suas cestas (terminou com 21 pontos) e o Miami não teve forças para reagir. LeBron ainda tentou voltar, mas sentiu câimbra e viu os últimos seis minutos do banco de reservas (e com muitas dores). Neste momento o placar apontava 90 a 90. Sem ele em quadra, incríveis 20-5 para o San Antonio. No final das contas, 36-17 para o Spurs no quarto período, 110-95 (placar pra lá de ilusório) e 1-0 na série final da NBA a favor do time de Gregg Popovich. Tiago Splitter foi muito bem, e saiu-se com 14 pontos em 23 minutos de atuação.
Educadíssimo e realista, no final do jogo Tim Duncan foi perguntado sobre a temperatura do ginásio: “Não posso mentir. Foi, definitivamente, um fator dessa partida. Afetou os dois times, mexeu com a cabeça e o corpo de todo mundo''. Não precisa falar muito mais do que isso, né. Não dá pra tirar o mérito do Spurs, que sentiu o mesmo calor do Miami e ainda teve que tirar forças para tirar a diferença no último período, mas é óbvio que a história deste jogo terá SEMPRE que ser contada a partir da temperatura do ginásio – e da ausência do melhor jogador do planeta nos minutos finais devido a isso.
Eram inúmeros craques em quadra. Mas o MVP do jogo 1 foi o o calor do ginásio no Texas… Surreal! Viu o jogo? O que achou? Comente!
Chegou a hora: análise e palpite para a final da NBA entre Spurs e Heat
Chegou o dia (enfim, né, porque quem gosta de basquete já estava sofrendo de crise de abstinência). Começa hoje às 22h (com ESPN) a final da NBA entre San Antonio Spurs e Miami Heat. É a reedição do duelo do ano passado (vencido pela turma da Flórida por 4-3 após uma cesta salvadora de Ray Allen no sexto duelo) e o confronto dos (em minha opinião) melhors times da NBA mesmo.
AS CHAVES DO SPURS PARA SER CAMPEÃO
Em primeiro lugar, acho que é importante dizer uma coisinha: há uma corrente (principalmente aqui no Brasil) que defende que o melhor para o basquete seria uma vitória do San Antonio Spurs, que joga um basquete mais coletivo que o Miami, ancorado realmente nas três grandes estrelas (LeBron, Wade e Bosh). Em minha modesta opinião, bobagem pura. O Heat é um dos times que melhor passa a bola na liga, e se tem três talentos acima da média (e um deles é o melhor do planeta) não faz sentido mexer tanto a bola se não tiver necessidade para tal. O que não deixa de ser um ótimo basquete praticado, obviamente.
AS CHAVES DO MIAMI PARA SER CAMPEÃO
Dentro de quadra, é importante ficar atento ao formato desta final (que volta a ser como antes de 1984, no famoso 2-2-1-1-1, como é em todas as fases dos playoffs até a decisão) e como os dois times vão reagir direto neste primeiro jogo. As série é longa, não acredito que termine antes do sexto jogo, mas a partida de hoje tende a ser muito fundamental.
Os dois times se conhecem, os dois times jogaram uma decisão no ano passado praticamente com os mesmos elencos e sair na frente, colocando uma pulga na cabeça do outro lado pode render bons dividendos lá na frente. O Miami abrir 1-0 apontaria a inversão do mando de quadra, a terceira vitória seguida contra os texanos e a possibilidade de viajar para a Flórida com um 2-0 confortável. Pros Spurs, seria começar bem, mantendo o mando de quadra, e mostrando a um difícil rival que a força física do Heat incomoda menos do que parece.
Meu palpite (sem convicção alguma): Miami será tricampeão da NBA vencendo a final por 4-2. Concorda comigo? Qual o seu palpite? Comente!