COPA
Contra-ataque? Criação? Gol? Neymar "faz-tudo" e decide para a seleção
Brasil e Croácia fazem o primeiro jogo da Copa do Mundo53 fotos
Neymar marca seu segundo gol na partida e coloca o Brasil na frente da Croácia no Itaquerão
Neymar veste a camisa 10 do Brasil, mas poderia facilmente ser o 7, o 11 ou o 9. Maior estrela de um time que carrega a enorme pressão de jogar em casa, o astro da seleção cria, contra-ataca e marca gols. Um "faz-tudo" que, ao contrário do que supõe a cultura popular, faz tudo muito bem. Nesta quinta, na abertura da Copa do Mundo, ele fez o que lhe cabia e foi decisivo na vitória por 3 a 1 sobre a Croácia.
Em sua estreia em Copas do Mundo, Neymar fez o gol de empate da seleção, roubou a bola mordendo os rivais, participou ativamente da criação e decidiu na hora do pênalti. Contrariou a máxima do pato, que nada, anda e voa, mas tudo de forma atrapalhada. Neymar pode até não ter tido a tarde mais precisa da carreira, mas começou sua história na competição mais importante do futebol convencendo.
Acostumado a ser o centro das atenções, Neymar começou o jogo longe do foco, que ficou todo para Marcelo depois do gol contra aos 10 minutos. O camisa 10, a essa altura só havia arriscado um drible em Rakitic, seu futuro companheiro de Barcelona, sem sucesso. Seu momento ainda demoraria a chegar. Antes disso, Neymar ainda correu um risco desnecessário acertando uma cotovelada em Modric, recebendo o cartão amarelo pelo lance.
A primeira aparição de Neymar com a bola foi em um contra-ataque, como cabe ao ponta que ele costuma ser. Pela direita, lado oposto ao que costuma jogar, ele partiu para cima da marcação, entrou na área, carregou a bola em cima da linha e tocou para trás. A zaga afastou, mas foi a primeira chance de gol criada pelo Brasil, que parecia abalado pelo gol levado.
Neymar tratou de desanuviar a cabeça da seleção aos 28 minutos. Depois de uma roubada de bola de Oscar, bateu de esquerda, de fora da área, mascada. A bola, que tinha tudo para não entrar, morreu fraquinha no canto esquerdo do goleiro croata, empatando o jogo e aliviando a pressão no Itaquerão.
Era o Neymar artilheiro dando as caras. Foi o 32º gol do "faz-tudo" em 50 partidas pela seleção. Em quatro anos no time, é o artilheiro absoluto. Para efeito de comparação, Fred, o homem-gol do Brasil, tem "apenas" 18 bolas nas redes, mesmo tendo estreado no meio da década passada.
A essa altura, então, Neymar já havia sido o 11, o 7 e o 9, puxando contra-ataques, driblando e marcando gols. Faltava a ele ser o 10. Foi o papel que ele cumpriu quando o juiz japonês apontou um pênalti inexistente em Fred, aos 25 minutos. Como um autêntico dono do time, o ex-santista colocou a bola debaixo do braço e bateu, garantindo a vitória da seleção.
Foi a primeira vez desde 1990 que um brasileiro marcou duas vezes em uma estreia na Copa do Mundo. O autor do feito, na época, foi ninguém menos que Careca. O público do Itaquerão, mesmo sem saber do dado, reconheceu o feito. Quando foi substituído, Neymar deixou o gramado ovacionado.
Voo fretado com 276 croatas chega a Campinas para a abertura do Mundial
Grupo desembarca no Aeroporto de Viracopos e mostra animação para jogo de quinta-feira contra o Brasil, na Arena Corinthians, em São Paulo, a partir das 17h
Eles, com certeza, serão minoria quinta-feira, na Arena Corinthians, mas estão dispostos a estragar a festa brasileira na abertura da Copa do Mundo. Aos poucos, os torcedores croatas chegam ao Brasil, e nesta terça-feira à tarde, a dois dias da estreia do Mundial, ganharam um reforço de peso: um voo fretado com 276 compatriotas aterrissou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Apesar da desgastante viagem de Zagreb até o interior de São Paulo, eles mostraram animação para o duelo com a seleção brasileira. Após passar pelos procedimentos tradicionais de desembarque, o grupo seguiu de ônibus para São Paulo, onde vai se hospedar à espera da abertura da Copa. Brasil e Croácia se enfrentam quinta, a partir das 17h.
Voo fretado de Zagreb a Campinas trouxe ao Brasil 276 torcedores croatas
Grupo seguiu de ônibus para São Paulo, local do jogo de abertura da Copa
Croatas mostram animação na chegada a Campinas
Rassi confirma presença na abertura, mas se diz "descrente" com a Copa
Um dos convidados da CBF parra assistir à Brasil x Croácia, presidente do Goiás minimiza expectativa: "Não estou nada animado. O País tem outras prioridades"
Sérgio Rassi: "Estou meio descrente dessa
Por convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Sergio Rassi, presidente do Goiás, estará em São Paulo para assistir à abertura da Copa do Mundo, quinta-feira, na Arena Corinthians. Ele e os presidentes dos demais 19 clubes da Série A receberam, em maio, carta assinada por José Maria Marin garantindo dois ingressos de camarote para acompanhar o duelo entre Brasil e Croácia.
Rassi confirmou presença e embarca para a capital paulista nesta quarta-feira. No entanto, diz não estar muito animado com o Mundial. O dirigente revela que a estreia brasileira será o único jogo que irá assistir, pois depois estará fora do país por conta de um congresso de medicina.
- Fomos convidados para a festa e estaremos lá, mas estou meio descrente dessa Copa. Não estou nada animado. O Brasil tem outras prioridades. Vou assistir à abertura e só. Arrisco um empate por 0 a 0 no primeiro jogo - palpita.
O par de ingressos cedidos pela CBF são do tipo "Match Pavilion", o segundo mais caro entre as opções de camarote - cerca de R$ 3.200. A entidade bancou também a hospedagem em São Paulo. Já as passagens, de acordo com Rassi, ficaram a cargo dos presidentes. Na véspera da abertura, os dirigentes se reunirão em um jantar, e ele espera abordar temas de interesse do Goiás.
- Havendo oportunidade, quero discutir assuntos que nos preocupam, como a divisão das cotas de televisão e nosso pedido de participação na Copa do Nordeste, ainda que seja um outro tema.
Rassi viajará com a esposa. O Goiás volta a campo só depois da Copa, no dia 16 de julho.
BBB: Arena Pantanal será monitorada por 400 câmeras de segurança
Aparato de segurança inclui ainda 100% de cobertura nas ruas e avenidas onde as seleções irão passar no trajeto entre o aeroporto, hotel e estádio
Arena Pantanal vai receber quatro jogos na Copa
O torcedor que estiver na Arena Pantanal na Copa do Mundo vai se sentir vigiado. Cerca de 400 câmeras de segurança irão registrar tudo, tanto no entorno, quanto na área interna do estádio. Quem fará o monitoramento do local será o Centro Operacional de Comando e Controle, localizado no setor Oeste. A preocupação é quanto aos torcedores violentos que possam causar problemas.
No trajeto das seleções, outras 200 câmeras de monitoramento foram instaladas em Cuiabá e Várzea Grande. O caminho onde elas foram passar como hotéis, Fan Fest, aeroporto serão monitorados, para evitar qualquer tipo de problema, com manifestações, por exemplo.
Segundo o governo, serão 1.743 profissionais da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros, Politec, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal e agentes da Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU).
Além deles, 1.600 homens do Exército e 162 policiais militares da Força Nacional estarão de sobreaviso, caso seja necessária sua utilização.
A Arena Pantanal vai receber quatro jogos no Mundial, todos na primeira fase, em junho: Chile x Austrália, dia 13; Rússia x Coreia do Sul, dia 17; Nigéria x Bósnia, dia 21; e Japão x Colômbia, dia 24.
Do time à Copa, Brasil testa tudo no amistoso contra a Sérvia
A seleção brasileira entra em campo nesta sexta, no Morumbi, às 16h, pela última vez antes da sua estreia na Copa do Mundo. Só que o jogo contra a Sérvia não é só mais um amistoso de rotina para os comandados de Luiz Felipe Scolari. Em campo e fora dele, será um teste para tudo.
Veja, a seguir, quais pontos serão avaliados no jogo desta sexta, que terá acompanhamento ao vivo no Placar UOL Esporte.
Favoritismo
Comissão técnica está esbanjando favoritismo; Parreira falou em "uma mão na taça"
O Brasil foi de patinho feio a favorito em alguns meses. Felipão assumiu, ao lado de Parreira, no fim de 2012 e chega à Copa falando como principal candidato ao título. O clima de "já ganhou" contrasta com um técnico incomodado com o desempenho do seu time nos treinos e o começo claudicante contra o Panamá em Goiânia, quando o público chegou a vaiar.
São Paulo é, tradicionalmente, a casa mais "corneteira" da seleção brasileira, e foi palco de protestos históricos. Contra a Sérvia, se não convencer os mais de 60 mil pagantes do Morumbi, o time de Felipão pode entrar na semana final derradeira para o Mundial com seu favoritismo questionado.
Titulares
Time que foi campeão em 2013 nunca foi repetido, por lesões ou opção do técnico
A seleção vai estar sob pressão e não terá desculpas. Com Thiago Silva e Paulinho, que haviam sido poupados diante do Panamá, Luiz Felipe Scolari poderá colocar em campo pela primeira vez o time campeão da Copa das Confederações em 2013.
A formação ideal tem Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Hulk, Oscar e Neymar; Fred. Desde o 3 a 0 sobre a Espanha, o técnico nunca pôde ou quis, dependendo da ocasião, repetir a equipe. Com força máxima, o time não terá desculpas para não se apresentar bem diante da Sérvia. No banco, nomes como Maicon, Ramires, Hernanes e Willian esperam suas chances.
Lesões
Paulinho sentiu o tornozelo e foi poupado do amistoso contra o Panamá em Goiânia
Thiago Silva e Paulinho foram liberados pelo departamento médico para entrarem em campo contra a Sérvia, mas suas condições físicas ainda inspiram cuidados. Neymar, na última terça, disse que não estava 100%, assim como Felipão revelou um problema em um dos joelhos de David Luiz.
Quando a seleção se apresentou, o discurso foi bem diferente. Em entrevista coletiva, José Luiz Runco, médico da seleção, cravou que todos estavam em boas condições. Com o treinador bradando que o time do amistoso será o mesmo da estreia contra a Croácia, qualquer surpresa em termos de lesões pode colocar em xeque a convicção de Runco na semana passada.
A preparação
Luciano Huck visitou o treino da seleção, tietou atletas e foi até a área reservada
Desde 2006, com o fracasso em Weggis, na Suíça, toda concentração da seleção brasileira é cercada de desconfiança. Onde estarão os patrocinadores? Vai ter torcida na arquibancada? Será moleza demais para os jogadores?
Felipão tenta fazer o estilo linha-dura, com broncas públicas nos jogadores, mas nem só de gritos vivem Neymar e companhia. Em 11 dias de preparação, a seleção viu Luciano Huck parar um treino para uma gravação e convidados de patrocinadores assistirem aos trabalhos de perto. Thiago Silva reclamou sobre a proximidade com o público em entrevista coletiva.
A preparação não pode ser avaliada apenas pelos resultados dos amistosos, mas o resultado do jogo contra a Sérvia certamente pesará na análise futura de como foi que o Brasil trabalhou para a Copa em casa. Um tropeço pode, então, ressaltar os problemas das duas semanas de treinos.
A Copa em si
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, centro empresarial de São Paulo, deve sofrer o impacto
O amistoso entre Brasil e Sérvia testará um aspecto importante da Copa do Brasil: a capacidade de São Paulo para suportar um jogo em horário comercial. Até agora, todos os jogos-teste do Mundial foram disputados no cronograma convencional do futebol brasileiro, ou seja, nas noites de fim de semana ou nas tardes de sábado ou domingo.
Nesta sexta, o jogo está marcado para as 16h, hora do rush em São Paulo, o mesmo de vários jogos da Copa do Mundo. O único jogo marcado para o meio da tarde foi o da última terça, contra o Panamá. Goiânia, porém, não receberá nenhuma partida do torneio.
A perspectiva de caos no trânsito em uma área populosa da capital paulista pode ser uma prévia do que está por vir. Ao contrário do que ocorrerá na próxima quinta, na abertura da Copa, não será feriado na cidade, e também não está previsto um esquema especial de trânsito.