"Pequenos detalhes" separam Marcos Junior do Vitória, diz vice-presidente
De acordo com Epifânio Carneiro, vice-presidente rubro-negro, acordo para contratação do atacante do Fluminense deve ser selado até esta quarta-feira

A diretoria do Vitória continua trabalhando para reforçar o elenco para a sequência do Campeonato Brasileiro. E o próximo reforço está muito perto de desembarcar na Toca do Leão. Trata-se do atacante Marcos Junior, que pertence ao Fluminense. De acordo com Epifânio Carneiro, vice-presidente rubro-negro, ‘pequenos detalhes’ separam o anúncio oficial, que deve ser feito nos próximos dias.
- Faltam pequenos detalhes com o procurador. Até amanhã deverá estar tudo acertado. Já há uma acordo entre os clubes – afirmou Carneiro em entrevista à Rádio Brasil, do Rio de Janeiro.
A contratação de Marcos Junior visa suprir a carência deixada no elenco desde a saída de Marquinhos, atacante de velocidade que atua pelos lados do campo – Marquinhos assinou contrato com o Cruzeiro. Inicialmente, o empréstimo seria até o final deste ano, mas com possibilidade de compra ao término do vínculo, como explica o dirigente do Leão.
- Empréstimo até o fim do ano com possibilidade de compra posteriormente. Tudo pode acontecer – diz.
Além de Marcos Junior, o Vitória ainda tenta a contratação de outro atleta do Fluminense: Martinuccio, meia argentino que retornou às Laranjeiras após um período no Cruzeiro. No entanto, o alto salário do atleta é um empecilho à negociação.Agente e dirigentes do Coritiba adiam definição sobre futuro de Victor Ferraz
Lateral-direito fez cinco partidas no Campeonato Brasileiro, mas ficou fora dos dois últimos compromissos da equipe paranaense por causa das propostas recebidas

A diretoria do Coritiba adiou a definição sobre o futuro do lateral-direito Victor Ferraz. Cobiçado por adversários do Coxa no Campeonato Brasileiro, o jogador deve deixar o clube ainda na pausa da Copa do Mundo.
- Estamos aguardando. Não tem como precipitar essa situação - comentou o diretor de futebol do Coritiba, Anderson Barros.
Há pelo menos três interessados por Victor Ferraz: Santos, Sport e um dos dois times mineiros da Série A. O Goiás, que havia tentado a contratação do lateral-direito recentemente, desistiu.
Victor Ferraz tem contrato até dezembro de 2015. Para tirá-lo do Coxa, o interessado não precisará necessariamente pagar a multa rescisória.
- Há uma série de variáveis nesse acordo. Ele pode ser adequado com uma compensação financeira ou com uma participação nos direitos econômicos. Estamos trabalhando algumas situações e vamos definir na hora que entendermos melhor. Esperamos resolver até o dia 16 - explicou Anderson Barros.
Aos 26 anos, Victor Ferraz tem passagens também por Iraty, São José-RS, Águia de Marabá, Atlético-GO, Vila Nova e Bragantino. Seus direitos econômicos estão divididos igualmente entre Coritiba e Amaral Sports, que pertence ao empresário Marcos Amaral. No Campeonato Brasileiro, ele fez apenas cinco partidas, mas ficou fora dos dois últimos compromissos por causa das propostas recebidas.
Essa Copa é da Argentina. Pelo menos é o que os hermanos dizem...

O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, disse a um jornalista argentino que acompanha o Brasil no Rio de Janeiro que prevê uma final da Copa entre Brasil e Argentina, e mais, que torce para que isso ocorra. E na Argentina então, só se fala nisso. E se fala mais. Os argentinos estão tão eufóricos com essa Copa do Mundo que até parece que são os donos da casa. Ou melhor, os donos da Copa.
Além da proximidade física, sem nenhum oceano que separe os argentinos de sua seleção, tem um algo a mais na Copa no Brasil que talvez possa jogar contra a seleção alviceleste: uma sensação de obrigação de ganhar em solo brasileiro. "Temos que conter a euforia das pessoas. Tudo bem que sonhem, mas há de se saber que um Mundial não é fácil e, além disso, vamos à terra inimiga", disse o meia argentino Javier Mascherano depois de vencer o amistoso contra trinidad e Tobago, na última quarta-feira (4).
O técnico Alejandro Sabella já disse em entrevista ao UOL Esporte que jogar a Copa no Brasil é a maior motivação de sua seleção, mas tem contido essa euforia e vem resguardando seus jogadores do contato direto com a torcida ensandecida para que o que poderia ser um incentivo não se converta em pressão e acabe, assim, atrapalhando.
Torcida pode pressionar
"Os jogadores argentinos já têm sobre eles a pressão de chegar entre os finalistas porque não chegamos há muito tempo", diz Diego Bianchini, professor de futebol. "Nós torcedores sonhamos com uma final contra o Brasil no Maracanã e esse sentimento, com o caminhar do mundial, pode se converter, sim, em uma pressão sobre os jogadores, mas isso poderia ser positivo."
Positivo como? Coisa de argentino. "Em uma hipotética e sonhada final entre as duas seleções, os brasileiros que são os donos da casa e da festa teriam a pressão maior, e os argentinos se aproveitariam disso", explica Bianchini.
"Para o argentino essa é "a" Copa. Estar no Brasil, jogar no Brasil, contra o Brasil, é a oportunidade de derrotar o grande adversário em sua casa, é o sonho perfeito", define Estéban Edul, jornalista do canal TyC Sports. "Esse mundial tem um gosto diferente, e o argentino acredita tanto que a Copa já é sua que está fazendo loucuras para chegar ao Brasil para viver isso de perto."
Sonho ou pesadelo?
Para Gustavo Pérez, produtor do mesmo canal, a euforia dos argentinos com a Copa é nítida e o sentimento é mesmo o de obrigação de ganhar porque seria a forma perfeita de arrasar por completo o rival eterno. Mas ele consegue ver o outro lado da situação. "Seria lindo, sim, ter uma final contra o Brasil no Maracanã, mas e se a Argentina perde? Seria muito pior, o sonho viraria pesadelo e seria ainda mais arrasador para nós, não teríamos como suportar uma derrota para o Brasil lá no Brasil. Melhor que seja contra a Alemanha."
Apesar disso, Pérez não acredita que os jogadores sentem isso como obrigação. "Muitos jogam há muito tempo na Europa e devem ter perdido um pouco do sentimento de rivalidade, creio que eles irão ao Brasil como foram à África do Sul", diz. "Agora, se ganharem, aí sim tudo muda, eles com certeza irão sentir o título com muito mais gosto e vontade por ter sido conquistado no Brasil."
"Mais do que uma obrigação de ganhar o Mundial, o sentimento que existe é que essa é a grande oportunidade de sairmos campeões, por várias razões: a principal, por Messi, que aos seus 25 anos está no auge da sua carreira, e logo se estabelece uma comparação com Diego [Maradona] ganhando em 86 também com 25 anos", diz Mariano Echegoyen, da ESPN Argentina. "A segunda razão é a proximidade do Brasil e a sensação de "locais" que vamos ter ali, com grande quantidade de torcedoras nos estádios."
Echegoyen fala ainda que os torcedores confiam muito nos "4 fantásticos" do ataque argentino e faz outro paralelo com a seleção campeã em 86. "Depois da experiência de Maradona como técnico, voltamos a ter um técnico de estratégias, um homem muito capaz que é o melhor que poderíamos ter neste momento. Outro analogia com 86: Maradona/Messi e Bilardo/Sabella."
Grupo "low profile"
De fato, o grupo liderado por Alejandro Sabella tem se mostrado equilibrado e comedido, e nos amistosos internacionais que já jogou no comando da seleção, o técnico nem de longe lembra aquela explosão de emoção que vinha do banco quando nele se sentava Diego Maradona, na última Copa do Mundo.
"Essa seleção é muito 'low profile', equilibrada, não creio que sinta esse tipo de pressão", diz Hernán Clauss, editor do diário "Olé". "Torcedor é outra coisa. O argentino vem sonhando com esse mundial do Brasil desde que se definiu que seria ali."
"Eu nem acredito muito que essa seleção chegue a ganhar o Mundial porque não gosto da lista de convocados", diz o comerciante Juan Caamaño. "Mas somos argentinos, torcemos pela Argentina e a Copa vai ser jogada no Brasil. Isso muda tudo, a vontade de ganhar na casa do adversário me fez hastear bandeiras azul e brancas por todos os lados."