MOTOR

 

Lewis prefere "remar" de novo a torcer por quebra de Nico: "Já fiz uma vez"

Com dois abandonos contra nenhum do companheiro de Mercedes, Hamilton quer repetir série de quatro vitórias seguidas ao invés de "secar" o piloto alemão

Depois de abandonar na etapa de abertura, na Austrália, e ver Nico Rosberg vencer e abrir 25 pontos, Lewis Hamilton “remou”. E após quatro vitórias seguidas, conseguiu assumir a liderança do campeonato. Aí veio o polêmico GP de Mônaco e o britânico viu seu companheiro de Mercedes reassumir a ponta. Sua situação ficou ainda pior com o  GP do último domingo, no Canadá,  quando quebrou, enquanto Nico, que também sofreu dos mesmos problemas no carro, levou até a bandeirada, chegou em segundo. Com 22 pontos de desvantagem na classificação geral, Hamilton foi político. Apesar de ter dois abandonos contra nenhum do alemão, garantiu que não torcerá para o infortúnio do parceiro e prefere “remar” tudo de novo. E ainda terá 12 corridas para isso (veja a classificação completa):

- Preciso tentar alcança-lo. E eu realmente não quero que algum de nossos carros não termine a prova. Espero que não tenhamos mais problemas no carro, o que significa que terei ainda mais trabalho para recuperar o terreno perdido. Provavelmente precisarei de mais quatro vitórias seguidas e farei o que puder para conseguir isso. Dois abandonos não ajuda, mas há muitas corridas ainda. Eu consegui antes, posso conseguir novamente – disse ao site britânico "Autosport".

Hamilton abandona o GP do Canadá (Foto: AFP)

 

Ambas as Mercedes tiveram uma pane elétrica no sistema de recuperação de energia cinética (MGU-K) do motor no decorrer da prova, o que acabou provocando uma sobrecarga e o consequente superaquecimento dos freios. Lewis e Nico caíram de rendimento, mas depois conseguiram forçar um pouco o ritmo. Apesar do problema ter afetado o carro dos dois pilotos, somente Hamilton abandonou. O britânico explicou que pelo fato de, naquele momento, ele não estar “de cara para o vento” em primeiro, o sistema de seu carro acabou sendo danificado mais rapidamente.

- Sabíamos que tínhamos problemas em nosso segundo stint, mas achávamos que seria possível administrá-los. Tanto que estávamos naquele ritmo. Eu o passei  e pensei “que sensação ótima” e aí no fim da reta os freios falharam e não pude fazer nada. Quando você está seguindo alguém, você pega mais calor. Ele estava de cara para o vento o tempo todo na frente. Então eu não podia fazer muita coisa.

A próxima chance que Hamilton terá para diminuir a vantagem para Rosberg é o GP da Áustria, no dia 22 de junho, com transmissão ao vivo da TV Globo a partir das 9h (horário de Brasília).

 

Massa bate forte no fim, e Ricciardo derruba "Império de Prata" no Canadá

Em final eletrizante, australiano da RBR passa Rosberg e põe fim a invencibilidade da Mercedes em 2014. Na última volta, brasileiro sofre acidente ao tentar passar Pérez

 

O que parecia impossível aconteceu. O “Império de Prata” construído pela Mercedes em 2014, finalmente, foi desbancado. Problemas de superaquecimento provocaram a pane no freio que tirou Lewis Hamilton e a queda de rendimento de Nico Rosberg durante várias. Fato que incendiou o GP do Canadá, válido pela sétima etapa da temporada, e deixou a briga pelo pódio e pela vitória totalmente aberta no Circuito Gilles Villeneuve, em Montreal. Em voltas finais eletrizantes, Rosberg segurava um pelotão composto por Sergio Pérez (Force India), Daniel Ricciardo (RBR), Sebastian Vettel (RBR)  e Felipe Massa (Williams). E foi o australiano da RBR, grande revelação da temporada, o responsável pela façanha de desbancar as “Flechas de Prata” ao se livrar de Pérez, ultrapassar Rosberg e conquistar o inesperado triunfo. Na última volta, o brasileiro – que ainda sonhava com um lugar no pódio – tentou dar o bote em cima do mexicano da Force India, que sofria com problemas no freio, mas os dois acabaram se chocando e acertando com força as proteções de pneus (veja no vídeo acima). Por causa do impacto a 300km/h - que equivaleu a 27 vezes a força da gravidade -, ambos os pilotos foram encaminhados a um hospital próximo do circuito para exames de precaução. Massa, inclusive, publicou uma foto na maca dizendo que estava "tudo bem". A direção de prova considerou o mexicano culpado pelo incidente e puniu o piloto da Force India com a perda de cinco posições no grid da próxima etapa, dia 22 de junho, na Áustria. Vettel, que por muito pouco não foi abalroado na batida, conseguiu assegurar a terceira colocação. Clique aqui e assista aos melhores momentos da corrida.

 

Alonso supera Mercedes e lidera primeiro treino no Canadá; Massa tem problemas

O espanhol Fernando Alonso conseguiu superar o domínio da Mercedes no primeiro treino livre para o GP do Canadá, sétima etapa da temporada da Fórmula 1. O bicampeão colocou sua Ferrari no topo da tabela de tempos no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, com a melhor volta em 1min17s238.

A segunda colocação no treino ficou com Lewis Hamilton, que ficou a apenas 0s016 da melhor marca. Nico Rosberg, companheiro do inglês na Mercedes, terminou a sessão em terceiro lugar.

O quarto posto ficou com o tetracampeão Sebastian Vettel, seguido por Valteri Bottas, da Williams.

O brasileiro Felipe Massa teve problemas no sistema de recuperação de energia e ficou fora de toda a parte final do treino, para que a equipe fizesse reparos na peça. Ele terminou o treino em 17o.

Os pilotos voltam à pista ainda nesta sexta-feira, às 15 horas (horário de Brasília) para o segundo treino livre. No sábado, o terceiro treino livre acontece às 11 horas, e a definição do grid de largada, às 14h. A largada para a corrida será às 15h de domingo.

GP do Canadá, primeiro treino livre:

1) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min17s238
2) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min17s254
3) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min17s384
4) Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min18s131
5) Valtteri Bottas (FIN/Williams) - 1min18s361
6) Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull) - 1min18s435
7) Jenson Button (ING/McLaren) - 1min18s446
8) Kevin Magnussen (DIN/McLaren) - 1min18s514
9) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 1min18s578
10) Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso) - 1min18s643
11) Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - 1min18s733
12) Sergio Pérez (MEX/Force India) - 1min18s959
13) Adrian Sutil (ALE/Sauber) - 1min19s108
14) Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1min19s142
15) Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - 1min19s177
16) Pastor Maldonado (VEN/Lotus) - 1min19s340
17) Felipe Massa (BRA/Williams) - 1min19s575
18) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) - 1min19s804
19) Jules Bianchi (FRA/Marussia) - 1min20s200
20) Max Chilton (ING/Marussia) - 1min20s844
21) Marcus Ericsson (SUE/Caterham) - 1min21s404
22) Alexander Rossi (EUA/Caterham) - 1min21s757

 

Massa não esconde insatisfação com resultados abaixo do esperado

Felipe Massa tem sofrido desde que a Pirelli virou fornecedora de pneus da Fórmula 1
Felipe Massa tem sofrido nesta temporada com os fracos resultados pela Williams

Em sua primeira temporada na Williams após oito anos defendendo a Ferrari, Felipe Massa ainda não apresentou bons resultados. A campanha decepciona o próprio brasileiro, que não esconde sua decepção com o que apresentou até o momento.

"Não estou satisfeito, os resultados estão muito abaixo do esperado, eu deveria estar com bem mais pontos nessa altura do campeonato", afirmou Massa, lamentando também alguns casos de azar. "Eu não estou tendo os resultados que poderia alcançar. No Bahrein, por exemplo, eu brigava ao menos pelo terceiro posto, mas acabei prejudicado pelo safety-car", completou.

Atualmente, Massa é o 11º colocado no Mundial de Pilotos, com 18 pontos, 16 a menos do que o seu parceiro Valtteri Bottas, que está em sua segunda temporada na F-1 e ocupa o sétimo lugar na competição.

Às vésperas do Grande Prêmio do Canadá, que será disputado no próximo domingo, o brasileiro acredita que as condições são favoráveis para que a Williams tenha um bom desempenho.

"Podemos fazer bem melhor, começando aqui em Montreal, que é uma pista bem melhor para a gente. Espero que os resultados venham e que sejam bem superiores ao sétimo lugar", concluiu.

 

Red Bull teria feito teste ilegal em ‘esteira rolante’

RBR

De acordo com informações que circulam pela imprensa austríaca, a equipe Red Bull poderia ter testado secretamente nas instalações da empresa AVL no país. O trabalho de desenvolvimento teria acontecido em uma espécie de esteira rolante. O teste teria durado seis dias e envolveu, além dos engenheiros da escuderia, os técnicos da Renault – fornecedora de motores do time tetracampeão mundial.

O jornal alemão Bild informou que o teste foi realizado entre o último ensaio de pré-temporada (no Bahrein) e o início do campeonato em Melbourne (Austrália).

Irregular — A FIA – Federação Internacional de Automobilismo – e outras equipas foram alegadamente alertadas dos ensaios, em princípio, fora do regulamento. A esquadra Toro Rosso, que faz parte do mesmo grupo da RBR, ao que as notícias sugerem, também esteve empenhada no trabalho antes da temporada.

Curiosamente, o piloto luso António Félix da Costa comentou em seu Twitter, em março passado, que sairia “outra vez, desta vez uma viagem de cinco dias à Áustria”.